Bolsas europeias sobem mais de 1%, e petróleo recua para US$ 105, à espera de cessar-fogo; medidas de restrição em Shenzhen derrubam ações chinesas
Bolsas europeias operam em alta acima de 1% nesta segunda-feira, dia 13 de março, enquanto o petróleo cai cerca de 4%, para US$ 105 o barril do tipo Brent, com investidores otimistas com as perspectivas de um acordo entre os governos de Rússia e Ucrânia para encerrar o conflito militar iniciado em 24 de fevereiro.
As conversas para um cessar-fogo serão retomadas por meio de videoconferência, segundo informações divulgadas. Enquanto isso, a Rússia continua a atacar diferentes cidades ucranianas, incluindo a capital Kiev.
Na China, por outro lado, os principais índices fecharam em queda com a notícia de um lockdown parcial em Shenzhen, uma das principais cidades do país e um dos motores da economia local, sendo um importante hub tecnológico. A razão é o aumento do número de casos de Covid, com o reporte de 60 novos casos no domingo.
A cidade com 17 milhões de habitantes, quase vizinha a Hong Kong, abriga a sede de gigantes de tecnologia como Huawei e Tencent e operações relevantes da Foxcomm, que é a principal fornecedora de componentes da Apple e da Samsung e que anunciou que vai interromper a atividade no local em razão da ordem do governo local.
Em todo o país, foram cerca de 3.400 casos das variantes Omicron e Delta no domingo, o dobro do dia anterior e a maior marca em dois anos, ou seja, desde o início da pandemia. Em Xangai, maior cidade chinesa, escolas, empresas, restaurantes e shoppings foram ordenados a fechar as portas temporariamente.
O aumento do número de novos casos também tem sido reportado em diferentes países europeus, como Alemanha, Reino Unido, Holanda e Itália.
Veja a seguir o desempenho dos indicadores às 6h45 (de Brasília):
- Hang Seng (Hong Kong): -4,97%
- SSE Composite (Xangai): -2,60%
- FTSE 100 (Londres): +0,33%
- DAX (Frankfurt): +2,56%
- CAC 40 (Paris): +1,28%
- S&P futuro (Nova York): +0,66%
- Nasdaq futuro (Nova York): +0,36%
No front internacional, e também no Brasil, a semana que começa tem investidores atentos à reunião do Federal Reserve, o Fed, amanhã e na quarta, dia em que será anunciada a decisão. A expectativa consensual do mercado é a de que, apesar dos temores causados pela guerra e da perspectiva menos animadora para o crescimento econômico, o banco central americano dê início ao processo de aperto monetária na maior economia do mundo.